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domingo, 6 de abril de 2014

Vestibular é o principal foco dos formandos

Foto: Patrícia Dantas

O “terceirão” é sempre tumultuado, tanto sentimental quanto fisicamente. É nessa etapa que o estudante precisa decidir seu futuro profissional, além de se preparar para os vestibulares, foco principal dos formandos e primeiro passo para ingressar na universidade.

A estudante do Colégio Santa Cecília, Maria Eduarda Magi, está cursando o terceiro ano do Ensino Médio e divide o tempo entre escola, trabalho, cursinho pré-vestibular, academia e revisão de matéria. “Estudo de manhã, trabalho com meus pais até as 13h30, volto para o cursinho no Santa e a noite divido entre academia e revisão do que aprendi no dia.”

Segundo ela, todo esse esforço é para entrar no curso de Direito. “Quero fazer as provas da PUC, Unisanta e Unisantos”.  A estudante, que já teve contato com o vestibular por meio da prova para entrar na Etec e dos simulados da Unisanta e Objetivo, diz que não achou as provas tão difíceis. “Estou ansiosa e acho que vou bem.”

Já a estudante do Objetivo de São Vicente, Larissa Elou, quer prestar a Fuvest (USP) e o Enem. “Quero tentar Editoração na UFJR”, diz. Segundo ela, o curso é pouco procurado e conhecido. “Essas são as únicas faculdades públicas que o oferecem na região sudeste”.

Larissa diz que o último ano está “caótico”. “Tudo gira em torno do vestibular e, ironicamente, sobre pouco tempo para estudar para o mesmo”. A estudante confessa não estar se preparando muito e pretende ingressar na universidade apenas em 2015. “De qualquer forma, pretendo ir bem esse ano e fazer meu possível”.

Desde o sexto ano, Larissa está fazendo simulado. “Até hoje é um pouco estranho e frustrante, pois as chances de errar ou se confundir são maiores do que em uma prova dissertativa”. Segundo ela, o terceiro gira todo em torno do vestibular. “Além dos simulados de Enem e Fuvest que fazemos todos os bimestres, os professores também nos dão muitas dicas”.

A estudante diz que está se preparando bastante para as matérias de Língua Portuguesa, Literatura, Inglês, História e Geografia. “As três primeiras são essenciais no meu curso, já as outras são matérias para a segunda fase da Fuvest”. Já as faculdades, ela diz estar se focando na USP. “A outra opção seria a UFRJ, porém ir para o Rio de Janeiro seria complicado para mim”.

O estudante do Colégio Santa Cecília, Henrique Campos Martins, também está com a rotina bem apertada. “Estudo e faço cursinho de segunda à sexta-feira”. A vida social, segundo ele, fica para o fim de semana. “Mas nem sempre consigo sair”.

Martins está se preparando para fazer Direito e quer prestar vestibular para a USP, Unesp e Unisanta. Segundo ele, a matéria que mais exige preparação é Química. Já na sala, o estudante diz que os professores dão várias dicas sobre o mercado de trabalho. “Meu professor de História, por exemplo, terminou Direito há pouco tempo e conta bastante como é o curso”.

A rotina universitária nas aulas – O vestibular é o primeiro passo para ingressar à universidade, que possui uma rotina e uma cobrança diferentes da escola. Pensando nisso, o professor de Língua Portuguesa, José Carlos Reis, de 27 anos, traz para suas aulas algo muito temido pelos universitários: o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). “Apresentei o projeto à minha coordenadora e ela aprovou.”.

O professor, que leciona em uma escola estadual na Ponta da Praia, diz que usa modelos de TCC de várias universidades da região. “Ensino os alunos a como formatar um TCC, assim eles não vão se surpreender tanto na faculdade”. Reis, que equilibra o projeto com o conteúdo exigido pelo Estado, diz que a turma deste ano vai precisar até apresentar o trabalho, com banca e tudo. “Assim eles perdem um pouco da timidez, também”. Para ele, é uma forma de integrar o estudante à rotina da Universidade, pois “eles saem do Ensino Médio sem muita preparação”.

Pela segunda vez na Feira de Profissões, Reis retornou com os alunos que ainda estão em dúvida sobre que curso fazer. Orgulhoso, ainda afirma que quase todos eles repetiram a visita. “Cerca de 80% deles veio comigo.”


Matéria publicada no jornal laboratório Primeiro Texto da Universidade Santa Cecília em 19 de setembro de 2013. Link original.